Em Vouzela foi esta sexta-feira (09 de julho) inaugurada a Carbon Team, uma empresa que produz quadros de carbono e outros componentes de bicicleta em fibra de carbono.
Um investimento de oito milhões de euros que cria 120 novos postos de trabalho.
Na inauguração esteve o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira. O governante disse que a Carbon Team, em Vouzela, “é um grande exemplo e uma lição” para o país pela inovação tecnológica, emprego gerado e desafio do produto novo.
“Esta ideia de afirmarmos a nossa competitividade, produzindo bens para os mercados globais em Portugal, incorporando inovação e conhecimento e automatizando processos que nos permite percorrer este caminho que fomos percorrendo nos últimos anos”, afirmou o ministro.
Na última década, continuou, “as exportações cresceram mais de 50%, as exportações de bens de tecnologia alta ou média alta são cada vez mais significativas” e, no seu entender, “este é o caminho” que Portugal tem de continuar a trilhar.
O ministro manifestou-se “satisfeito”, porque estava a ver “algo extraordinário” e “não só pelo investimento novo, nem pela capacidade de criar 120 empregos e passar a fazer mais exportações a partir de Vouzela”.
“Também há aqui na Carbon Team coisas muito interessantes que são lições e sinais da transformação que o país está a passar, mas são lições também para replicarmos isto de outra forma”, considerou.
Pedro Siza Vieira teceu elogios ao percurso da empresa que trabalha num setor, “onde hoje Portugal é líder”, uma vez que “no ‘cluster’ da bicicleta Portugal está a liderar em todas as componentes da cadeia de valor”.
“Somos o maior produtor europeu de bicicletas, o maior exportador, temos também a produção de componentes, elas próprias exportadas para outros países e portanto temos um domínio grande de tecnologia, mas o mais interessante é que a equipa da Carbon Team nunca tinha produzido um quadro de carbono, foi desafiado para isso pelos seus clientes”, destacou.
No seu entender, um feito só possível por dois motivos como uma “grande inovação tecnológica”, defendeu enquanto elogiou as características do quadro de bicicleta feito pela Carbon Team, destacando a competitividade que a inovação provoca.
O outro motivo é que são criados “120 postos de trabalho, mas esta fábrica é bastante automatizada” e, por isso, “a automação é o sucesso e a capacidade de manter a produção e o sucesso na Europa” que “não tem o modelo dos países asiáticos de pagar muito baixos salários”.
O administrador da fábrica Carbon Team, em Vouzela, explicou que “está previsto, no curto prazo, chegar aos 25 a 30 mil quadros [de bicicletas]” e, continuou Vital Almeida, “a médio prazo chegar aos 50 mil quadros”.
“É uma enorme satisfação afirmarmos que produzimos um dos quadros mais leves do mundo, através de um processo completamente inovador e que nos garante estarmos no topo deste tipo de produtos. Mais do que uma satisfação, é um desafio importante. Esperemos estar sempre no pelotão da frente deste tipo de componentes”, sublinhou Vital Almeida.