O orçamento do munícipio de Viseu para 2022, no valor de 140,4 milhões de euros (ME), foi esta quinta-feira (09 de dezembro) provado pela maioria social-democrata na autarquia, com abstenção da oposição socialista.
“Temos um orçamento da Câmara que é o maior de sempre e está distribuído da seguinte forma: 119 ME são do orçamento do município propriamente dito e mais 21,4 ME que têm a ver com o orçamento dos serviços municipalizados”, anunciou o presidente Fernando Ruas.
Na conferência de imprensa, após a reunião do executivo, o autarca reconheceu que o documento “é marcadamente um orçamento que tem muito daquilo que resulta do trabalho anterior, assim como das opções que se fizeram, nomeadamente com as empreitadas que foram decididas”.
Fernando Ruas lembrou que o seu executivo tomou posse em 13 de outubro e, por isso, o orçamento para 2022 “está influenciado por aquilo que foram as decisões legítimas tomadas anteriormente”.
Ruas considerou que o orçamento “tem uma fiscalidade bem amiga, é mesmo amiga do cidadão”, uma vez que “a Câmara poupa, ou devolve aos cidadãos, uma quantia de 8,45 ME”, uma “receita de que a Câmara abdica devolvendo aos cidadãos, fruto das reduções que faz nas taxas e nos impostos municipais”.
Os vereadores socialistas da oposição, liderados por João Azevedo, também em conferência de imprensa, assumiram que o documento passou “com a abstenção” do PS, porque o presidente “deu continuidade ao executivo anterior sem ter a ambição e a originalidade” de elaborar um orçamento “adequado aos tempos de hoje”.
“Os viseenses esperavam uma mudança de ciclo na intervenção do concelho e também porque houve um aumento da despesa corrente de 10 ME, ou seja, este documento está muito marcado por uma herança de investimento cofinanciados e, ao mesmo tempo, tem, na atualidade, um aumento de despesas correntes na ordem dos 10 ME”, justificou.
João Azevedo considerou ainda que se Fernando Ruas “fosse coerente com as declarações públicas e políticas que fez, nos últimos meses e anos, este orçamento e este plano” não teriam o seu voto se “estivesse na oposição”.