O presidente da Câmara de Viseu disse esta quinta-feira (23 de dezembro) que está em estudo uma alternativa ao sistema de abastecimento de água, a cargo da Águas de Viseu, e que, assim, poderá não ser necessária uma nova barragem em Fagilde.
“É muito simples. Agora temos uma série de sistemas que nos podem servir e vamos analisar qual é o melhor para nós, o mais rápido, e, sobretudo, o que tem menos impacto no custo da água para os consumidores”, sintetizou Fernando Ruas.
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião pública do executivo municipal, o presidente da autarquia referiu que tem havido “reuniões com municípios e com vários sistemas” de abastecimento de água, tendo em conta que, atualmente, “existem alguns a chegarem perto” da região.
“Se a maioria dos municípios portugueses já estão no âmbito das Águas de Portugal, em princípio há que analisar e ver se estes sistemas também nos servem. Não podemos ser uma exceção de arranjarmos um sistema, eventualmente, fora desta situação, com todas as vantagens que isso inclui”, justificou.
Neste sentido, Fernando Ruas descartou a empresa Águas de Viseu, cujo protocolo para a sua constituição foi assinado, na presença do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, em 13 de julho de 2019, pelo anterior executivo social-democrata de Almeida Henriques.
Além de Viseu, assinaram também os restantes quatro municípios do distrito - Mangualde (PS), Nelas (PS, agora PSD), Penalva do Castelo (PS) e Sátão (PSD) - que são abastecidos pela Barragem de Fagilde, no Rio Dão.
“A Águas de Viseu fica sem efeito se a opção for a de integrar as Águas de Portugal, num sistema já existente. Na minha perspetiva, não precisamos de constituir uma empresa e faremos como outras cidades da nossa dimensão têm feito”, assumiu, dando como exemplo a Guarda e Vila Real.