A Câmara Municipal de Tondela apresentou a candidatura do processo de fabrico do Barro Negro de Molelos ao Inventário Nacional de Património Imaterial. O processo começou a ser preparado pela autarquia em março de 2022.
Segundo a autarquia, a inscrição do barro negro no Inventário Nacional de Património Imaterial surge integrada na estratégia definida pela Câmara Municipal, liderada por Carla Antunes Borges, que neste mandato assumiu como prioritários o conhecimento, a salvaguarda e a valorização do património cultural, natural e humano locais.
“Esta candidatura foi apresentada atendendo à importância que esta atividade tem quer na economia local, quer no fator identitário deste território”, justifica a autarca. “A inserção da louça preta de Molelos no Inventário Nacional de Património Imaterial é condição essencial para preservar o saber fazer desta arte ancestral, ao mesmo tempo que trabalhamos num plano de salvaguarda a 10 anos, que é fundamental para a sua preservação”, afirma Carla Antunes Borges, lembrando que as criações em barro negro “são cada vez mais apreciadas”.
A louça preta de Molelos destaca-se pela sua cor negra, resultante da cozedura redutora (Soenga), pela decoração e pelo brilho das peças.
Em Molelos há ainda em atividade sete oleiros, que ficarão registados, caso a candidatura ao Inventário Nacional de Património Imaterial venha a ser aceite, como os detentores deste saber fazer ancestral.