O Tribunal da Relação de Coimbra condenou um homem do distrito de Viseu a uma pena suspensa por ter forçado o filho de 14 anos, sob ameaça, a trabalhar durante as férias.
O Tribunal deu como provado que no verão de 2017 o filho do arguido, do concelho de Sátão, foi obrigado a trabalhar com o pai, como eletricista, durante três meses, saindo de casa pelas 07:00 e regressando às 20:00.
Segundo a Lusa, os juízes consideraram o comportamento do homem como “desumano, cruel, comprometedor do desenvolvimento físico e psíquico do menor” e que “preenche o tipo de crime de violência doméstica”.
O arguido foi condenado a uma pena única de três anos de prisão, suspensa, num processo em que ficou também provado que foi autor de um crime de violência doméstica contra a ex-mulher.
O homem, que já tinha sido condenado em primeira instância, tinha apresentado recurso para a Relação de Coimbra, alegando que levava o filho para o trabalho não com a intenção “de o castigar, de o molestar física ou psicologicamente”, mas como “uma forma de aprendizagem, para passar o tempo, para o manter ocupado e distraído”.