O Centro Hospitalar Tondela-Viseu foi uma das instalações que estiveram a ser alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ). Ao todo, a PJ está a realizar nove buscas domiciliárias e não domiciliárias, em Viseu e Lisboa. Os inspetores inspecionam uma empresa, o Instituto Português do Desporto e da Juventude, a Cruz Vermelha Portuguesa, o Centro Hospitalar Tondela-Viseu e o Instituto de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Segundo uma nota do Ministério Público, "as diligências visam a obtenção de prova relacionada com factos suscetíveis de constituir crimes de participação económica em negócio e de abuso de poderes, por titular de cargo político, bem como de usurpação de funções".
A investigação, que corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, foi iniciada em 2019 e visa um contrato público, por ajuste direto, ao abrigo do "Projeto PRID - Programa de Reabilitação de Infraestruturas Desportivas", para a contratação de serviços de engenharia, "com pessoa sem habilitação legal para a prática de atos decorrentes daquela profissão, e, noutra parte, em suspeitas de favorecimento de contratação pública respeitante a análises de testes do vírus SARS-COV-2".
Segundo a Polícia Judiciária, participaram, na Operação «Arrangements», 60 Investigadores Criminais e Especialistas de Polícia Científica da Polícia Judiciária, 5 Magistrados do Ministério Público, 2 Juízes de Instrução Criminal, 5 Peritos do Núcleo de Assessoria Técnica (NAT) da PGR e 2 Representantes da Ordem dos Médicos.