Numa mensagem alusiva ao tempo de Quaresma, o Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, apela aos fiéis que aproveitem este período que antecede a Páscoa para refletirem sobre o seu percurso ao encontro de Jesus Cristo.
Para esta Quaresma, D. António Luciano explica que “para iniciar um caminho novo de libertação interior é preciso aceitar o desafio da mudança de rumo na nossa vida”. “Precisamos de abandonar a planície da mediocridade, espaço de prisão, onde abundam os ídolos, os vícios, o pecado, a desordem moral, o dinheiro, o álcool, a droga, o jogo, a criminalidade, o medo, a angústia, a solidão, o ciúme, a inveja, o orgulho, a vaidade, a ganância, a corrupção, o lucro desonesto, a exploração, a fraude, a indiferença, o ateísmo, os desregramentos pessoais e sociais, que provocam injustiças e violências graves, causando feridas difíceis de curar no ser humano e no tecido da sociedade atual”, afirma.
Na mensagem, o Bispo recorda “as muitas famílias, que vivem em dificuldades económicas sérias, os idosos, os doentes, os que sofrem, os fragilizados, os que vivem sozinhos em casa ou estão internados em instituições particulares de solidariedade social, os doentes internados nos hospitais e estabelecimentos de saúde, para que tenham sempre quem os acolha e cuide deles com amor, compaixão e empatia”.
D. António Luciano recorda, ainda, que as próximas eleições legislativas “devem ser vistas com responsabilidade e empenho pelos candidatos e por todos os cidadãos de modo que possam contribuir para o futuro de um país mais próspero e justo”. “Faço um apelo a todos os cidadãos para que participem ativamente no ato eleitoral com o seu voto livre, consciente e responsável. Para os cristãos, votar é um dever cívico, um ato humano e moral iluminado pelos princípios da Doutrina Social da Igreja”, diz.
Também na sua mensagem, o Bispo informa que a Renúncia Quaresmal da Diocese de Viseu tem como objetivos: ajudar na construção da Igreja da Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus em Ile, Diocese de Gurúè, na Província da Zambézia, em Moçambique, onde trabalham as Irmãs de Jesus, Maria e José, fundadas pela Beata Rita Amada de Jesus; apoiar a construção do ‘Projeto de Desenvolvimento Integral de Lembá’, na cidade das Neves, em São Tomé e Príncipe, dinamizado pelas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição; ajudar as Irmãs Trapistas do Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja em Palaçoulo, na Diocese de Bragança-Miranda na reconstrução da Hospedaria destruída pelo recente incêndio; e dar mais consistência ao ‘Fundo de Emergência da Diocese de Viseu’, destinado a ajudar pessoas e instituições.