O ministro do Ambiente e da Ação Climática disse esta sexta-feira (10 de dezembro) que a consulta pública sobre a avaliação ambiental à exploração do lítio é “o processo mais transparente” que conhece, e espera ter o processo terminado em janeiro.
Uma das oito áreas do país que pode vir a ser explorada envolve concelhos do distrito de Viseu, nomeadamente Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo.
João Pedro Matos Fernandes, que falava aos jornalistas à margem de uma conferência sobre a transição energética, na Reitoria da Universidade do Porto, adiantou que espera que “até meados de janeiro, mais ou menos”, a avaliação do estudo de impacto ambiental do Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio (PPP Lítio) esteja concluída.
O processo de consulta pública, que termina hoje, é “um projeto absolutamente claro, transparente, participado, discutido”, considerou o governante.
Sobre a contestação à mineração deste metal, Matos Fernandes disse que “há quem não queira fazer a exploração do lítio a qualquer custo, esquecendo-se, de propósito ou sem querer, que o lítio é essencial para a descarbonização, que o lítio é essencial para a digitalização".
“Nós não queremos, ao contrário de quem pensa assim, explorar o lítio a qualquer custo. Estamos a fazer isso com todo o rigor técnico, com toda a participação normal da coumindade científica, das pessoas, das autarquias”, afirmou.
O titular da pasta do ambiente garantiu que, se “as condições ambientais de base já estudadas tornam extraordinariamente complexa a exploração, ficarão por aí”.
As zonas que forem identificadas como potenciais locais de exploração, “avançarão, sabendo que nunca haverá nenhuma exploração sem uma avaliação de impacto ambiental do projeto concreto”, frisou.
Para o ministro, não faz sentido, “em plena crise das matérias-primas”, virar “as costas” a “um metal essencial para o futuro da economia”.
“Temos, de facto, um projeto industrial para Portugal, projeto industrial esse que quer aproveitar alguns dos seus recursos que são essenciais”, reiterou.
No relatório de avaliação ambiental preliminar, foram analisadas oito áreas do Norte e Centro do país: Arga (Viana do Castelo), Seixoso-Vieiros (Braga, Porto e Vila Real), Massueime (Guarda), Guarda - Mangualde (quatro zonas espalhadas por Guarda, Viseu, Castelo Branco e Coimbra) e Segura (Castelo Branco).