Nove eurodeputados da comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural visitaram esta terça-feira, 20 de setembro, em Moimenta da Beira, a Cooperativa Agrícola da Távora e a Desfruta, duas estruturas de produção e comercialização de maçã de Portugal.
Paulo Figueiredo, presidente da Câmara Municipal, aproveitou para falar da importância vital das duas barragens de regadio projetadas: a da Boavista (aprovada) e a da Nave (chumbada).
“A maçã é o petróleo da nossa região, e com o potencial que temos, enquadrados numa região que representa mais de 35% da produção do país, é efetivamente um problema nós não termos nenhuma barragem de regadio”, alertou o autarca, que fez comparações para justificar a construção daquelas duas estruturas em Moimenta da Beira: “França e Itália conseguem produzir de 80 a 100 toneladas por hectare, aqui na nossa região é muito difícil chegarmos às 50. Sem as barragens dificilmente conseguimos ter aqui um valor acrescentado na produção por hectare, porque efetivamente nós não temos água e os nossos pomares não dão rentabilidade, como por exemplo aqui ao lado em Espanha, na zona de Lérida, que produz entre 80 a 90 toneladas por hectare”.
“É este o nosso grande dilema. Temos vindo a conversar com a ministra da Agricultura, mas peço também o vosso empenho para nos ajudarem nesse sentido. Estamos a falar de um investimento de cerca de 20 milhões de euros. Não há nada de tão transcendente quanto isso, já que o Estado português e a União Europeia gastaram já muito mais em comparticipações para construção de charcas, furos, poços e não temos o problema resolvido. Falta-nos aqui um grande reservatório de água para minimizarmos este problema”, enfatizou Paulo Figueiredo.