Os deputados do PSD eleitos por Viseu e pela Guarda enviaram questões conjuntas ao ministro das Infraestruturas sobre a requalificação da Linha Ferroviária da Beira Alta, após o conhecimento do atraso da conclusão, que estava prevista para 12 de novembro.
O PSD pretende saber qual a justificação existente para a derrapagem do prazo de execução da empreitada que resulta no adiamento, pela terceira vez consecutiva, da reabertura da Linha da Beira Alta. “Esta é uma derrapagem para muito mais do dobro do prazo previsto inicialmente e que coloca em causa a promessa que o Governo fez aos viseenses e aos guardenses”, refere o deputado Guilherme Almeida.
Os parlamentares questionaram também João Galamba sobre a nova data prevista que o Governo vai apresentar para a conclusão da obra e qual os aumentos previstos dos custos da requalificação atrasada. Além disso, os social-democratas querem ver explicadas as medidas que foram tomadas face ao alegado furto de cabos que aconteceu na Linha e como vai ser solucionada, tecnicamente, a falta deste material necessário para o funcionamento da Linha da Beira Alta, dado que são conhecidas notícias de um alegado furto de 30 quilómetros de cabos de alta tensão, que terão de ser repostos e que afetam o funcionamento da eletrificação, os sistemas de sinalização e de telecomunicações.
“É preocupante o impacto que este novo atraso vai trazer e que vai continuar a afetar as empresas e os cidadãos da região que estavam a planear e a contar com a abertura em novembro. Estudantes deslocados, empresas que nela fazem circular mercadorias, cidadãos que utilizam a ferrovia para outras zonas do país percebem, mais uma vez, que não podem contar com este Governo. Já estamos habituados, mas parece que esta vai ser mais uma de várias promessas falhadas para com a região”, diz o deputado social-democrata Hugo Carvalho.
Guilherme Almeida sustenta ainda que o Governo foi questionado sobre o valor despendido até à data no serviço de transportes rodoviários para o transbordo de passageiros, devido à supressão dos comboios, e quanto ainda se estima gastar. “O tema da Linha da Beira Alta tem de ser bem explicado e transparente”, considera.