O Grupo Cifial, dedicado ao fabrico de cerâmicas, torneiras, fechaduras e acessórios sanitários, iniciou esta semana o despedimento de 41 trabalhadores da unidade de Santa Comba Dão. Em causa, o que a empresa considera o “insustentável” aumento de 400% no custo do gás.
O diretor-geral da Cifial, Luís Rodrigues, admitiu à Lusa que a reestruturação já vinha sendo equacionada há alguns anos.
“Foi sucessivamente adiada pela administração, mas, apesar de todos os esforços, não se torna possível manter a atividade na indústria cerâmica nos moldes atuais”, disse.
Ainda assim, “a Cifial – Indústria Cerâmica S.A. manter-se-á viva e em atividade no polo de Santa Comba Dão”, sendo que a administração do grupo se compromete a salvaguardar “todos os direitos que assistem aos colaboradores abrangidos pelo processo de restruturação”.
Na perspetiva de Luís Rodrigues, a reestruturação em que se enquadra o presente despedimento permitirá “robustecer o grupo, dotando-o da capacidade necessária para retomar a liderança do mercado português e solidificar a sua posição de marca nacional de referência”.
O despedimento coletivo agora anunciado pela Cifial sucede-se ao que em outubro de 2021 afetou 13 funcionários de um dos seus polos industriais de Rio Meão, na Feira.