O município de Carregal do Sal, em parceria com o Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria e com o Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ) e do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade de Bournemouth do Reino Unido, realizou trabalhos arqueológicos em três locais distintos do concelho.
Entre os dias 24 de julho e 12 de agosto, no âmbito do 8.º Campo Arqueológico de Carregal do Sal decorreram trabalhos na freguesia de Oliveira do Conde, no Dólmen de Troviscos 1, sob a responsabilidade do Mestre José Ventura, no Monumento da Víbora, sob a direção da Mestre Telma Ribeiro e na freguesia de Carregal do Sal, no complexo de Gravuras de Arte Rupestre de Cabriz.
Em simultâneo, uma equipa da Universidade de Bournemouth, dirigida pelos Professores Fábio concelho, tendo em vista a construção de uma coleção de referência da biodiversidade vegetal, com o propósito de auxiliar a identificar as diferentes espécies de plantas passíveis de serem observadas em qualquer registo arqueológico datado. “Trata-se de uma etapa associada a um projeto de investigação internacional, que pretende reconstituir o coberto vegetal existente na época em que as comunidades pré-históricas construíram e utilizaram os monumentos megalíticos do concelho”, explica a autarquia.
Paralelamente, a investigação procura compreender como os antepassados se integraram e interagiram com o meio ambiente e como é que foram sendo afetados pelas alterações climáticas durante estes últimos 5000 anos.
“Quanto aos trabalhos de escavação arqueológica, foi possível determinar a estrutura tumular do Monumento da Víbora, cronologicamente atribuível ao período do Bronze final (há cerca de 3000 anos atrás), no Dólmen de Troviscos 1 foi possível reconhecer parte da estrutura da câmara megalítica e identificar diversos elementos com vestígios de pinturas no seu interior”, acrescenta.