O parlamento homenageou esta sexta-feira, dia 28 de maio, o capitão de Abril Arnaldo Costeira, que morreu em 08 de maio, lembrando o seu papel no planeamento do golpe e nas operações militares em Lisboa.
O voto de pesar, aprovado por unanimidade, foi apresentado pelo PS, que destaca ter comandado, na madrugada do 24 de Abril, a Companhia Operacional do Regimento de Infantaria 14, de Viseu, nas operações do golpe do Movimento das Forças Armadas (MFA) na capital.
Nas galerias da Assembleia da República, assistiram ao voto familiares de Arnaldo Costeira.
O capitão de Abril Arnaldo Costeira morreu em 08 de maio, aos 75 anos, vítima de doença prolongada.
Nascido em Lamego, em 20 de abril de 1946, o coronel do Exército na reforma, que residia em Viseu, foi condecorado em fevereiro pelo Presidente da República com a "Ordem da Liberdade - grau de Grande-Oficial".
O oficial foi comandante do Regimento de Infantaria 14, entre 1993 a 1996, e escreveu a obra "Eu, Capitão de Abril me confesso", relatando a sua experiência durante e após o 25 de Abril, que derrubou a ditadura em 1974.
Em 1976, aderiu ao Movimento Espírita Português, e fundou presidiu à Associação Social Cultural Espiritualista de Viseu, uma instituição particular de solidariedade social, a que presidiu desde a sua fundação nesse ano, tendo também sido presidente da Federação Espírita Portuguesa entre 1999 e 2010.