A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões viu ser aprovado o financiamento da União Europeia para três projetos que apresentou, ao abrigo do Programa Interreg Sudoe, que apoia o desenvolvimento regional no sudoeste da Europa.
Do total de 71 projetos que avançaram para a segunda fase de candidaturas, o Comité de Acompanhamento do programa selecionou 34, incluindo dois projetos que têm a CIM Viseu Dão Lafões como entidade beneficiária: o AgroTour Sudoe e o An-Gel. Um terceiro projeto, denominado Sudoe Aquapred, conta com a CIM como parceira.
Os dois projetos em que a CIM é entidade beneficiária têm como objetivo comum melhorar as condições de vida nas comunidades rurais.
O projeto AgroTour Sudoe parte do princípio de que a aposta no agroturismo é uma boa oportunidade para os produtores agrícolas e pecuários das regiões abrangidas diversificarem as suas fontes de rendimento, permitindo também a valorização dos produtos junto dos consumidores, a atração de jovens talentos para o setor e a dinamização das economias locais nas zonas rurais.
Em concreto, o AgroTour Sudoe vai desenvolver experiências-piloto inovadoras nos territórios, ao nível do agroturismo, que aproximem a sociedade urbana e rural.
Já o projeto An-Gel Sudoe tem como foco o aviso e controlo do risco de geadas de primavera na agricultura e arboricultura. Estas geadas têm efeitos muito negativos na agricultura, com perdas até 100% em algumas árvores de fruto e vinhas, e a maioria das produções agrícolas não tem formas de prevenir e combater o risco.
O projeto prevê desenvolver e testar soluções inovadoras para a prevenção e adaptação ao risco de geadas, bem como um sistema de alerta precoce para os produtores. As soluções testadas serão identificadas através de um processo participativo com produtores locais.
"Espera-se que os resultados das soluções testadas ajudem os agricultores a adaptarem-se ao risco de geadas, aumentando a resiliência das produções. No território de Viseu Dão Lafões, as culturas preferenciais para o projeto são a maçã e a vinha, por serem as mais vulneráveis às geadas", explica a CIM Viseu Dão Lafões.