A escuteira Bárbara Figueiredo, natural de Mangualde e a estudar em Aveiro, foi distinguida pela Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME), pelo trabalho voluntário através do projeto Scouts of the World Award (SWA).
A SWA consiste num projeto de voluntariado que pode incidir nas áreas de ambiente, desenvolvimento e paz levando o caminheiro, que nele participa, a deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrou. Uma das propostas de Baden-Powell, fundador do escutismo.
A caminheira, há 13 anos, e guia de clã conta que ela e os colegas optaram por escolher a área do desenvolvimento. “Queríamos trabalhar com várias instituições aveirenses para contribuirmos para o desenvolvimento da cidade em diversas dimensões. Assim, tivemos o prazer de colaborar com o Banco Alimentar de Aveiro, com o Centro Comunitário da Paróquia de S. Pedro de Aradas, nas vertentes de jardim de infância e lar, com o Campo Escutista de São Jacinto, com a Associação de Felinos E Caninos Todos Unidos (AFECTU), com a Associação Animais Aveiro (AMA) e com a Refood”, explica Bárbara Figueiredo.
Para a jovem mangualdense, embarcar num projeto desta dimensão, em conjunto com pessoas que ainda estava a conhecer e com as quais, inicialmente, apenas partilhava o escutismo e a universidade, “exigiu compromisso e acima de tudo sair da zona de conforto”. “Juntos ultrapassámos as nossas inseguranças, receios e medos e acredito que tenhamos atingido o nosso objetivo ao vermos o sorriso no rosto das pessoas com quem colaborámos e o agradecimento pelo serviço prestado. Conciliar a vida pessoal, académica, escutista e o projeto SWA nem sempre foi fácil e por isso, não só encontrei em mim capacidades que julgava não possuir, como também adquiri a sabedoria da gestão de tempo que foi essencial para levar este compromisso avante e que, desde aí, me ajuda diariamente a organizar a minha rotina”, explica.
Receber a distinção da Organização Mundial do Movimento Escutista significa para a jovem, acima de tudo, responsabilidade. “Não existem muitos escuteiros, até à data, com a insígnia relativa ao projeto então o reconhecimento pela realização do mesmo não deixa de ser um voto de responsabilidade e compromisso para continuar a missão de melhorar o mundo através do voluntariado e influenciar positivamente os outros a fazer o mesmo”, realça.
Este projeto foi desenvolvido no ano passado, enquanto escuteira no Agrupamento 299, a frequentar o curso de Biologia na Universidade de Aveiro.
“Pertenço ao Clã Académico de Aveiro (CAAv), que é constituído por caminheiros provindos de diversas regiões do país que estudam nesta universidade, cujo principal intuito é permitir aos estudantes que estudam longe de casa não perder ligação ao escutismo, complementando a sua vivência nos Agrupamentos. Em conjunto com alguns membros do Clã Académico de Aveiro, realizámos o projeto Scouts of the World Award (SWA)”, contextualiza.
“O voluntariado convidou-me a ser ouvinte, paciente com os outros e comigo, crescer, ser organizada e a gostar de sair da minha zona de conforto. Ajudar quem mais precisa trouxe-me a esperança num mundo melhor onde reine a empatia, paz e solidariedade com o próximo e onde se aprenda a ser feliz tornando os outros felizes”, explica.