A nona edição da Sementeira arrancou na sexta-feira (2 de julho) no centro histórico de Viseu e conta , até dia 11 de julho, com espetáculos de dança, música, teatro, conversas e uma exposição coletiva que reúne trabalhos de 22 artistas.
“Graças à resposta que obtivemos ao nosso chamamento, que tal como em outros anos, este ano também foi muito boa, vamos conseguir ter uma exposição coletiva que reúne trabalhos de 22 artistas, por acaso, todos de Portugal”, explicou Carolina Gomes da organização.
A mostra está visível no número seis da Rua das Ameias, junto à Sé de Viseu e conta, no mesmo espaço, com fotografia, pintura, escultura e algumas obras com técnicas mistas de artistas repetentes, mas também de estreantes.
Uma das estreias “é o fotógrafo Pedro Gomes Almeida, que apresenta a série de retratos intitulada ‘Entre as margens do Ser’, de pessoas trans, recentemente distinguida com uma menção honrosa na categoria de Retrato no Prémio Estação Imagem”.
Entre os artistas que estão de volta a Viseu, a responsável destacou ainda o mangualdense Sérgio Amaral, desenhista e pintor, escultor e ceramista, que “desenvolve pesquisas experimentais e ensaia novos materiais como o ferro e o barro e tem feito o seu percurso na escultura, na modelagem e na cerâmica, com especial interesse pelo barro negro”.
“Temos trabalhos muito diferenciados, alguns misturam técnica de costura, vamos ter mesmo um vestido de um designer, temos também, por exemplo, uma parede inteira com uma composição e colagens, ou seja, é mesmo uma exposição muito heterogénea”, revelou.
Além da exposição coletiva, “há também música, dança, teatro e há dias em que há duas atividades, graças à resposta que foi muito rica. E as habituais conversas, com muita cultura, pensamento crítico e vontade de construção política”.
“O Dj Feizer vai estar pela primeira vez na Sementeira, como também, por exemplo, Habibah da Lua, que é dança do ventre, e com teatro está o Visiunarte, que já se inscreveu noutros anos, mas nunca foi possível conciliar agendas e este ano conseguimos”, destacou.
Carolina Gomes disse ainda que todas as atividades “irão cumprir com as regras” da Direção-geral da Saúde (DGS) e que “todos os dias haverá uma avaliação para a eventual necessidade de alterar alguma coisa ou alguma atividade”.