Mangualde: Catarina Martins(BE) visitou a Unidade de Saúde Familiar

Durante uma visita à Unidade de Saúde Familiar (USF) de Mangualde, esta quarta-feira (25 de agosto), a lider do Bloco de Esquerda disse que o partido se vai “bater” no próximo Orçamento de Estado por um programa de recuperação da saúde não covid, considerando que é “absolutamente vital” no regresso à normalidade.
“Este é também o momento em que se prepara o Orçamento do Estado e para nós é absolutamente vital que haja um programa de recuperação da saúde não covid, do atendimento, de tudo o que são problemas de saúde não covid”, defendeu Catarina Martins.
A coordenadora nacional do BE esteve reunida com a diretora da unidade de saúde na sequência do encerramento, em março de 2020, do serviço de atendimento permanente (SAP).
“Como dizia aqui a médica, há uma enorme frustração saber que há cuidados não covid que vão ficando para trás, porque sem mais meios, sem mais condições, fica impossível para responder a tudo. Um programa de recuperação de cuidados não covid é absolutamente essencial ao país e é por ele que nos vamos bater”, insistiu.
A líder do BE defendeu também que, tendo em conta que os profissionais de saúde dos cuidados primários estão também a trabalhar na vacinação, a “covid não faz só uma enorme pressão sobre os cuidados hospitalares, faz uma enorme pressão sobre os cuidados primários”.
“Nós precisamos, neste momento, de garantir um aumento de meios, de gente, de equipamentos, de condições, nos cuidados primários de saúde em Portugal para garantir que há uma resposta covid e não covid”, considerou.
Neste sentido, defendeu que “é preciso compreender que os cuidados primários de saúde estão sobre uma pressão muito grande há muitos meses e que é muitas vezes invisível, mas que é muito real e, por isso, é urgente mais” profissionais de saúde.
“Não podemos só passar mais funções para os cuidados primários, precisamos de lhes dar condições e precisamos de um programa de recuperação dos cuidados não covid em Portugal que é fundamental”, insistiu a líder que defendeu, entre outras, “a regularização de todos os vínculos precários”, porque estes profissionais “não podem ser dispensados” do SNS.
Um serviço que, no entender de Catarina Martins, deve estar distribuído pelo território nacional, nomeadamente no interior, em que “os serviços públicos têm obrigação de garantir condições para que as pessoas possam querer viver”, por exemplo, em Mangualde, cidade onde se encontrava.
“A boa notícia que tive hoje é que médicas de família que aqui estão são jovens, que tiveram filhas, tiveram direitos, no meio da covid também, naturalmente, aos seus direitos de maternidade, mas estão aqui a viver e querem cá ficar”, apontou.
Assim, defendeu que são necessárias “políticas públicas que acompanhem a vontade de tanta gente e de gerações de viver no interior e isso significa abrir mais serviços e não encerrar” como aconteceu ao SAP de Mangualde.
“Por isso é tão importante que o serviço de atendimento permanente aqui reabra e não haja uma espécie de resignação ao fecho que aconteceu em março de 2020 com a pandemia, porque esse é o grande perigo: fechou não volta a abrir. Não, fechou e tem de abrir para que as pessoas possam aqui estar”, exigiu.
A bloquista considerou este encerramento “absolutamente incompreensível” após ano e meio de pandemia, porque isso “é duplamente negativo, por um lado, as pessoas de Mangualde são obrigadas a deslocarem-se para Viseu, ou seja, os cuidados de saúde ficaram mais longe, numa população envelhecida e isto é um problema grave”.
“Por outro lado, seguramente o hospital em Viseu acaba por ter uma urgência com casos que não deviam ir parar à urgência de um hospital, porque deviam ser resolvidos numa urgência básica, num serviço de atendimento permanente”, disse.
Assim, direcionou “esta responsabilidade” de reabertura do SAP de Mangualde para o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões, a que está afeta a USF, atendendo ao facto de, neste momento, já se saber “o suficiente como a covid se espalha para que seja seguro abrir serviços de atendimento permanente”.

Autor: Irene Ferreira
2021-08-25 15:51:06

 

 


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Construção da nova residência de estudantes do IPV vai avançar. Já foi assinado auto de consignação

O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) assinou, na segunda-feira (22 de abril), o auto de consignação da empreitada para a construção da residência de estudantes IV e para a requalificação das três outras residências existentes.
Dois projetos importantes no aumento da oferta de alojamento para os estudantes, segundo o IPV.
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“A nova residência, a renovação das outras três e outras edificações já previstas vão tornar o Campus Politécnico, cada vez mais, um espaço de excelência da vida académica”, acrescenta a instituição de Ensino Superior.

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Chuva e temperaturas mais baixas marcam a região de Viseu nos próximos dias (com áudio)

Esta semana regressa a chuva à região de Viseu. A partir de quinta-feira (25 de abril), as nuvens aumentam e a chuva volta para ficar durante vários dias. A temperatura também está a descer para valores considerados pouco normais para a época, como explica a meteorologista Ângela Lourenço, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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Viseu: cerca de 600 escuteiros percorreram as ruas de Mundão no âmbito do 'Jangalvis'

No passado fim de semana, dias 20 e 21 de abril, a Paróquia de Mundão recebeu cerca de 600 Lobitos, oriundos da Diocese e região de Viseu, no âmbito do “Jangalvis 2024”, uma atividade
escutista, preparada pela Equipa Regional da Primeira Secção da Junta Regional de Viseu, dedicada aos escuteiros mais novos, os lobitos, com idades entre os 6 e os 10 anos.
Distribuídos por vários jogos, os lobitos tiveram de ultrapassar desafios que colocaram à prova habilidades físicas, memória e raciocínio e, acima de tudo, a união e capacidade trabalho em equipa.
“O tema do Jangalvis foi ‘Valoriza-te O Burro’ e está relacionado com uma história criada para ser tema da atividade, que falava de uma Burra Mirandesa chamada Estrela que estava triste por pensar que era a única da sua espécie, já que nos seus passeios e idas às feiras não encontrava outros como ela. A missão dos lobitos era encontrar mais burros mirandeses e assim alegrar a Estrela”, explica a Equipa Regional.
De acordo com os responsáveis, este tema “pretendia dar a conhecer aos participantes a espécie dos Burros Mirandeses e alertar para o risco de extinção que esta espécie corre”, acrescentando que, além de “consciencializar para a preservação da espécie e do ecossistema, também estava implícita a valorização pessoal de cada um dos participantes e das amizades que são fundamentais para todos”.
Nesta atividade estiveram, ainda, presentes quatro representantes da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino para ajudar os lobitos a conhecer melhor o Burro Mirandês. 
De acordo com a organização, “o tema da extinção de espécies e do cuidado com a natureza é o terminar de um ciclo de três anos, em que foram abordados: o Lobo Ibérico, em 2022, o Lince Ibérico, em 2023, e agora o Burro Mirandês.
Os escuteiros participaram ainda na Eucaristia, no sábado, que teve lugar no adro da Igreja de Mundão. O dia terminou em festa com o tradicional fogo de conselho escutista e depois com um “assustador” e animado jogo noturno.
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O “Jangalvis” terminou com a “Canção do Adeus”, um momento marcante que encerra todas as atividades escutistas.

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Lamego: rapaz foi detido por posse de droga

Por posse de droga, um rapaz de 18 anos foi detido, pela PSP, junto ao  Jardim Municipal de Lamego. De acordo com a polícia, foram apreendidas, ao detido, 36 doses individuais de haxixe e o telemóvel pessoal.

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Tondela: ACERT comemora o 25 de Abril com música de intervenção e poesia

Na noite de quarta-feira, 24 de abril, a ACERT, em Tondela, transporta todo o público até à Revolução dos Cravos, com concertos comemorativos do 25 de Abril através da música de intervenção, tanto no auditório como em café-concerto.
Na véspera do histórico 25 de Abril, às 21h45, sobe a palco “As Portas Que Abril Abriu”. Um espetáculo comemorativo dos 50 anos da revolução e que junta a Filarmónica Tondelense e o Coro Polifónico da Casa do Povo de Tondela.
Às 23h00, no Bar da ACERT, será hora de “Abril ao Tom’deles”. Neste café-concerto, quatro jovens músicos expressam poesia e a visão sobre os valores de Abril e a relevância na sociedade contemporânea. O diálogo estabelecido entre o passado e o presente questiona e redefine o legado de liberdade e igualdade que o 25 de Abril simboliza.
No ano em que a ACERT alarga a celebração dos 50 anos de 25 de abril a todo o ano de programação, também se desenvolve, em paralelo, uma reflexão sobre a cultura, a liberdade, e o que se tem vivido nos caminhos percorridos por esta estrutura cultural, através de um conjunto de crónicas mensais, todas elas marcadas para o dia 25 de cada mês. Cada texto, assinado por um autor diferente, é uma janela para as múltiplas perspetivas sobre a revolução e o seu impacto nos dias de hoje e que podem ser lidas no Blog da ACERT. 

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Hospital de Viseu adota solução inovadora para gestão e rastreabilidade do instrumental cirúrgico

No âmbito da candidatura ao Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA) "DIR@2020 - Desmaterializar, Integrar e Robotizar", a Unidade de Reprocessamento de Dispositivos Médicos (URDM) da Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões (ULSVDL) avançou com a implementação de uma gestão e rastreabilidade do instrumental cirúrgico. De acordo com a unidade hospitalar, foi dado um passo importante para otimizar os processos.
“A Central de Esterilização conta agora com uma instalação informática que moderniza a forma como os dispositivos médicos são geridos e monitorizados ao longo do ciclo de esterilização. Esta inovação não só otimiza a gestão de instrumentos cirúrgicos, mas também desmaterializa as listas de verificação e melhora a gestão dos serviços utilizadores, bem como a rastreabilidade dos processos de lavagem, inspeção, embalagem e esterilização”, explica.
Antes da implementação da solução, a gestão do instrumental cirúrgico era realizada manualmente, com base em suporte de papel. 
A Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões acrescenta que a nova solução introduz funcionalidades de gestão e criação das composições das caixas de instrumental, incluindo a identificação de todos os artigos, além de possibilitar a gestão personalizada das máquinas da URDM e a rastreabilidade de todos os dispositivos médicos. “Estas melhorias refletem-se na qualidade da gestão e no reporte eficaz de todos os processos, contribuindo diretamente para o nível de serviço disponibilizado à atividade cirúrgica da ULSVDL”, sublinha, acrescentando que a desmaterialização dos processos, além de permitir a gestão integrada de todo o instrumental nas instalações da URDM, resulta numa redução de custos de contexto e na gestão proativa de incidências no reprocessamento de dispositivos, o que se pretende refletir em um aumento da segurança, eficácia e desempenho das atividades cirúrgicas, reforçando o compromisso da ULSVDL com a excelência na prestação de serviços de saúde.