A edição deste ano do festival de cinema Vista Curta, a realizar em Viseu, em outubro, é dedicada às peliículas galegas.
“Como é habitual, e é já uma das nossas marcas, o festival foca-se anualmente ou no cinema de um país ou num determinado realizador e, este ano, o nosso foco vai para o cinema galego com quatro 'longas' galegas e, algumas, com a presença do realizador”, anunciou uma das dirigentes do Cine Clube de Viseu, Margarida Assis.
A responsável contou à Lusa que, para esta mostra, a organização contou com a “ajuda preciosa de Ramiro Ledo, um galego que tem uma distribuidora, é programador de cinema e trabalha com vários projetos relacionados com cinema, na Galiza, e impulsionou alguns pequenos cinemas”.
“Trinta Lumes”, de Diana Toucedo, e “Costa da Morte, de Lois Patiño, são duas longas-metragens a serem exibidas e, depois, na semana seguinte, é a vez de “Nación”, da Margarida Ledo, que é a realizadora “em destaque na revista” do Cine Clube de Viseu, Argumento.
Os habituais cine-concertos vão também marcar presença nesta 11.ª edição do festival onde “há alguns direcionados para famílias, como é o caso de Ricardo Martins e Quim Albergaria, com duas baterias em palco a musicar filmes mudos”.
“E depois temos bastante expectativa no cine concerto com Edgar Pêra e Rui Reininho, 'Filmitis vs Reinitis', uma vez que é um cine concerto que se baseia no primeiro livro de Rui Reininho, de 1983 e que estamos a reeditar”, contou.
O festival, que se realiza em Viseu de 12 a 16 de outubro, tem, este ano, mais filmes selecionados para o concurso.
"A qualidade das propostas era elevada e nós sentimos que fazia sentido; que os filmes tinham de estar. Duplicámos a seleção [em relação ao ano passado] - são 16 -, porque é notório que a nível nacional há cada vez mais pessoas a trabalhar em cinema e cada vez mais meios para o fazer e isso depois nota-se aqui, no festival”, explicou.
No entender de Margarida Assis, este ano “há uma curiosidade: é que não há nenhuma animação, apesar de ser uma seleção bem diversificada com drama, comédia, documentários e experimental, o que acaba por espelhar o que se está a fazer”, tendo em conta que a concurso vão filmes de 2020 e 2021.