O presidente da associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU) disse esta terça-feira (09 de novembro) à agência Lusa que já há “milhares de assinaturas” numa petição contra a prospeção e exploração de lítio na região de Viseu.
“É uma petição para dizer não. As pessoas não querem que seja pesquisado, prospetado e muito menos explorado o lítio e outros minerais, porque isto é pescar à linha, tudo o que vier à rede é peixe e o nosso abaixo-assinado é nesse sentido”, explicou António Minhoto.
“Queremos o máximo de assinaturas, claro, e já temos umas largas centenas, julgo que até milhares. O abaixo-assinado está a ter uma boa aceitação e queremos continuar a recolher até ao próximo dia 10 de dezembro, quer junto dos cidadãos, como também de responsáveis”, afirmou.
Para isso, António Minhoto disse que “a AZU pediu audiências aos autarcas de Viseu, Nelas, Mangualde e Carregal do Sal, tudo áreas envolvidas no distrito de Viseu, para que também eles lancem protestos e recolhas de assinaturas”.
Este responsável explicou que tem vindo a desenvolver várias ações de esclarecimento e recolha de assinaturas nos concelhos que fazem parte do mapa em consulta pública que “o Governo lançou à má-fé, porque foi durante a campanha eleitoral autárquica e nem os autarcas sabiam”.
A petição está a circular na internet, mas, “como há muitas pessoas sem acesso”, estas associações vão “continuar junto das populações até dia 10 de dezembro”.
Está também a ser organizado “um debate com vários técnicos ligados à área para maiores esclarecimentos”.
Do mapa em consulta pública, continuou, constam os concelhos de “Viseu, Nelas, Mangualde, Seia, Penalva do Castelo, Pinhel, Guarda, numa área de cerca de 2,5 mil quilómetros quadrados que vão ser muito afetados” em caso de avanço da prospeção.
“Toda esta região acabava com toda a sustentabilidade ambiental e desenvolvimento, nomeadamente na área ligada à pastorícia, agricultura, até o turismo. E, por isso, não seria desenvolvimento, mas sim destruição”, apontou.